Cortemos apenas um gesto:
a mão perfeita, por demais
perfeita. Cortemos o
atrevimento de se ser
perfeito; o mais,
deixemos quieto.
Cortemos as quimeras
as tessituras por demais
simétricas, os contextos
e sólidas estruturas, e
deixemos o andar manco
o verso manco e branco,
o olhar reverso o breu e o
branco, quando se dão no
palco.
Cortemos apenas um gesto
com faca afiada: a frase de
fogo em sublime metamorfose,
a frase que não se apaga nem na
neve; a metamorfrase na porta do
templo - de Zeus, de Hera -, que
também é
nave.
4 comentários:
Adorei o texto! Parabéns.
¡besitos!
obrigada pela presença e comentário, laura!
tbm adoro o poema. :)
besitos
musa,
que belo verso você gerou no outro!
um beijo!
e esse foi antes de ser musa... rs
adoro esse poema, betina!
acho que quando o li, já fiquei apaixonada...
um beijão pra vc
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