Passar pela porta entreaberta no pensamento
Ser único e ser cada um.
Restaurar, avivar na memória as salas há muito abandonadas
e enegrecidas pela vontade do tempo.
Embeber em malícia a língua da mulher
Encharcar de ternura a mão do homem.
Expurgar do mundo essa forma inacabada de amor,
Ser o outro, sendo tu e ao mesmo tempo todo o mundo.
Abrir janelas, sair ao sol,
chamar os amigos e conspirar para o bem,
ajudando a girar a roca onde se faz a linha
com a qual tecemos a vida.
Esquecer a maldição de que se vive um dia de cada vez.
Pensar no hoje como único, como eterno,
buscando agora todo o bem que se pretendia para amanhã.
Respirar fundo e soprar,
para que nunca deixem de se movimentar os gigantes de vento.
Estar na palavra/ser a palavra
Chorar. Para que esse choro caia na terra
fazendo germinar sementes
para que cresçam árvores
para que finalmente nos dias de sol haja mais sombra.
Jhonny Russel
20 de maio de 2009
Labirinto
Postado por Adrianna Coelho às 00:37
Marcadores: jhonny russel, para mim
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